Na fase adulta, a fêmea tem o corpo globoso, coloração vermelho-escura e mede cerca de 0,7 mm. No dorso, apresenta tubérculos nos quais se inserem as cerdas dorsais. Os machos são mais delgados e de coloração mais clara. Uma fêmea deposita, em média, três ovos por dia chegando a colocar 70 ovos durante a sua vida. Quando fecundada, deposita ovos que originam ambos os sexos; quando não fecundadas, geram apenas machos. Os ácaros alimentam-se inserindo os estiletes através da epiderme foliar, retirando o conteúdo celular do mesófilo. Somente as células perfuradas com os estiletes são danificadas.
O ataque dos ácaros-vermelhos provoca o bronzeamento das folhas, que diminui a atividade fotossintética e favorece a queda prematura das folhas. Pode ocorrer também redução no crescimento dos ramos, queda de frutas e diminuição da coloração. Além disso, o ataque intenso pode afetar a frutificação da próxima safra.
O monitoramento é feito através de amostragem sequencial de presença-ausência, uma vez por semana, de outubro a abril. O nível de controle é de 70% de folhas com presença de ácaros. O controle químico pode ser realizado em dois períodos. Na fase de dormência da macieira, aplicar o óleo mineral na dosagem de 3% a 5% para o controle de ovos de inverno, juntamente com a quebra de dormência. Na fase vegetativa existem duas alternativas: aplicar abamectin logo após a queda das pétalas em mistura com óleo mineral a 0,25%, sem levar em consideração o nível populacional, ou aplicar fenpyroxemate, spirodiclofen e pyridaben quando a população ultrapassar o nível de controle. O controle biológico é uma alternativa viável, mas deve estar associado ao correto manejo de inseticidas para as outras pragas. Várias espécies de ácaros predadores estão presentes em pomares e podem manter a população do ácaro-vermelho abaixo do nível de dano econômico.