Lesões de coloração marrom-avermelhada que iniciam a partir de gemas ou locais dos ramos que apresentem ferimentos. Sintoma que dá origem ao nome da doença, o desprendimento da epiderme ocorre como se fosse uma folha de papel. O patógeno pode afetar ramos secundários e o ramo primário ocasionando, muitas vezes, a morte da macieira. O colapso da macieira ocorre a partir do ponto do desenvolvimento do cancro, sendo que os sintomas evoluem inicialmente em sentido acropetal, levando à seca dos ramos no terço superior da árvore. Ainda com o aspecto assintomático (sem a presença de sintomas de cancro), as plantas infectadas podem apresentar redução de vigor traduzido em folhagem esparsa e folhas cloróticas. Sinais do fungo aparecem como pontos escuros na superfície do cancro correspondente a picnídios ou peritécios.
Esta doença é controlada diminuindo-se as fontes de inóculo do patógeno nos frutos mumificados e nos cancros dos ramos, o que é feito principalmente pela eliminação de ramos da poda de inverno e de verão. Para isto, é necessária a remoção e queima dos ramos grossos e com cancros da poda de inverno, e a trituração e incorporação no solo dos ramos de poda mais finos - menores de 3 cm de diâmetro. Os frutos mumificados devem ser retirados, no máximo, até o momento da quebra de dormência e enterrados. O uso de fungicidas deve ser feito no tratamento de inverno com fungicidas cúpricos e no período de pré-colheita com fungicidas protetores. A incubação de frutos em temperatura de 22°C a 26°C com alta umidade permite a detecção precoce de infecção e, a partir dessa informação, pode-se decidir pela comercialização rápida dos lotes de frutos já infectados.