Os adultos de Cydia pomonella medem cerca de 1 cm de comprimento e apresentam o corpo recoberto por escamas de cor cinza entremeadas por escamas de cor marrom. Na extremidade das asas, possuem uma mancha semicircular mais escura e com detalhes dourados. Não há diferença na coloração entre os sexos apenas os machos são menores que as fêmeas. As lagartas, de coloração rosada, alimentam-se no interior dos frutos de maçã, pera, marmelo ou noz européia, na região das sementes. No último instar, medem de 15 a 20 mm de comprimento. Não apresentam pente anal. A presença de serragem na parte externa do fruto indica a entrada da larva de Cydia, que forma um orifício de saída ao completar o seu desenvolvimento, para empupar sob a casca do hospedeiro.
A Cydia pomonella foi a primeira praga a ser erradicada do Brasil é, portanto, uma praga quarentenária ausente. Um trabalho intenso envolvendo vários entes culminou com a erradicação da praga, declaração feita pelo MAPA em 2014. O monitoramento é uma das principais ações para detecção da praga em território brasileiro. Ele é realizado utilizando armadilhas com um atrativo sexual (feromônio) e um piso adesivo. Por se tratar de uma praga quarentenária e com risco de introdução via frutos hospedeiros importados de regiões infestadas, recomenda-se a instalação das armadilhas em áreas urbanas com presença de plantas de espécies que podem hospedar a praga. Com o objetivo de reduzir o risco de uma reintrodução, há um trabalho importante do Ministério da Agricultura na inspeção das frutas hospedeiras nos pontos de entrada no país. A detecção de uma lagarta viva durante a inspeção significa o impedimento da entrada da fruta. Internamente há um Plano de Contigência visando ações rápidas nos casos de uma detecção da praga em armadilhas de monitoramento.