A deficiência aguda de potássio na macieira se manifesta nas folhas adultas (localizadas no terço inferior do ramo) na forma de "queima das bordas" das folhas velhas, a partir das pontas e em frutos. Na qualidade das frutas, os efeitos se manifestam na forma de frutas ácidas e de tamanho reduzido. O efeito da adubação potássica é facilmente visto em condições de deficiência de potássio, onde a adubação não somente elimina os sintomas nas folhas, como também melhora a cor e o sabor das frutas. A deficiência severa de potássio não ocorre em solos ricos em minerais contendo este nutriente. Contudo, a ausência de adubação potássica, aliada a elevada produtividade pode levar ao empobrecimento do solo e, por consequência a deficiência de potássio na planta, que em muitos casos, não se manifesta através de sintomas, mas sim através de redução de produtividade e de qualidade.
Pode-se detectar a deficiência de potássio através da análise foliar, a qual permite diagnosticar o desequilíbrio nutricional durante a fase de crescimento e, próximo à colheita, permitir a tomada de decisão para a correção do problema. Para a análise foliar da macieira, coletam-se folhas completas (limbo com pecíolo) da porção mediana dos ramos do ano posicionada na altura média da planta, nos diferentes lados das plantas, no período de 15 de novembro a 15 de janeiro. As folhas com sintomas de deficiência nutricional não devem ser misturadas com folhas normais. Cada amostra deve ser constituída de folhas de plantas da mesma idade e da mesma cultivar. As folhas que compõem a amostra devem estar livres de doenças e de danos causados por insetos. O controle da situação de deficiência de potássio deve ser feito considerando a análise foliar e do solo, conforme Tabela 1.
Teor de K na folha (%) | Teor de K no solo (mg/dm³) | Potássio (kg de K2O/ha) |
---|---|---|
<1,20 | <150 | 100 |
150-200 | 60 | |
>200 | 40 | |
≥1,20 | <150 | 30 |
150-200 | 20 | |
>200 | 0 |