A fitotoxicidade por diferentes agrotóxicos podem causar queimas e manchas necróticas em folhas, flores e frutos de morangueiro. Para diferenciar sintomas de fitotoxicidade de doenças bióticas em morangueiro, deve-se verificar o período que antecedeu o dano e analisar se as condições ambientais estavam favoráveis para a ocorrência da doença. Como o aumento dos sintomas de doenças causadas por fitopatógenos são progressivos, espacialmente e temporalmente, é possível diferenciá-los dos danos por fitotoxicidade de agrotóxicos, que surgem repentinamente e apresentam um padrão de distribuição mais uniforme nas folhas e outros órgãos da planta e entre plantas no canteiro.
Vários produtos químicos (fitossanitários, adubos foliares, etc.) podem ser fitotóxicos ao morangueiro. Portanto, para que não ocorra o problema, é importante verificar a dosagem recomendada, frequência e horário de aplicação, compatibilidade de algumas misturas de tanque, necessidade e dose de adjuvantes (espalhante adesivo), dentre outros cuidados. Produtos com formulação a base de óleo, quando aplicados nas horas mais quentes do dia, podem queimar as folhas. Ao utilizá-los, além de respeitar a dose, deve-se aplicar o produto nos períodos mais frescos do dia. Muito cuidado deve ser tomado quando se faz alguma mistura de agroquímicos, pois mesmo que não causem problemas individualmente, a mistura poderá causar algum efeito fitotóxico nas plantas. Nesse caso, quando ainda não se tem a informação se a mistura é adequada, recomenda-se fazer um teste prévio em algumas plantas antes de aplicar na área toda.
No caso de aplicação de herbicidas próximos ao morangueiro, deve se evitar ao máximo a deriva do produto, que poderá atingir a planta, usando bicos anti-deriva e proteção com chapéu de Napoleão e evitando aplicar em horários com condições climáticas (ex. vento) de maior risco de deriva.