Os sintomas da parte aérea são reflexos dos danos da podridão de raízes, podendo ser confundidos inicialmente com outras causas de origem abiótica (deficiência de água e nutrientes) ou biótica (fungos que atacam o rizoma, nematoide de raiz, insetos, entre outros). A doença ocorre em pequenas reboleiras e aumenta à medida que se fazem plantios sucessivos com morangueiro ou com outra planta hospedeira do patógeno causador da podridão de raiz. Os sintomas são variáveis, mas, em geral, são de subdesenvolvimento das plantas, como: a) clorose, bronzeamento, crestamento marginal e internerval de folhas; b) pecíolos, estolhos e folíolos avermelhados, similar ao sintoma de deficiência de nitrogênio e outros nutrientes; c) raiz necrosada; e d) murcha e morte das plantas. Nas raízes formam-se lesões necróticas de cor marrom, localizadas ao longo do córtex (casca), que depois ficam de cor negra, e destroem toda a raiz. Os tecidos necrosados desprendem-se com facilidade, deixando à mostra o cilindro central. Rhizoctonia fragariae causa danos nas raízes finas, que são as que absorvem água e nutrientes, resultando em menor desenvolvimento das plantas e produção de frutas, pois essas raízes são essenciais para atender a demanda de água e nutrientes para o crescimento das plantas.
Medidas preventivas como uso de mudas sadias, eliminação de plantas doentes e restos de cultura, irrigação e adubação adequada ajudam na redução da doença. Evitar plantio em locais com recente histórico da doença ou muito próximos. Evitar o transporte de solos de área contaminada para outras áreas. Adotar sistema de rotação de culturas com plantas não hospedeiras do patógeno. Preparar canteiros mais altos e com boa drenagem, evitando o acúmulo de água na área. Tratamento de solo por fumigação ou outros métodos (solarização, compostagem orgânica, etc.), que erradiquem o patógeno. Uso do controle biológico, ex. Trichoderma, para tratamento das mudas e do canteiro. O Trichoderma pode ser incorporado ao canteiro após a realização do tratamento de solo.