O excesso de nutrientes salinos solúveis pode provocar danos às plantas de morangueiro que vão desde a inibição do desenvolvimento normal das plantas, queima de folhas, sépalas e outros órgãos da planta até a necrose das raízes e morte das plantas. Os sintomas mais típicos vistos em lavouras de morangueiros é a queima da borda das folhas e sépalas. Esses locais acumulam o excesso de sais que sai pelos hidatódios presentes na borda das folhas junto com a água de gutação. O sistema radicular também é afetado, inibindo a formação de raízes mais finas, necrosando-as, ficando com pouco volume radicular. As raízes ficam com coloração escurecida, restando somente as mais grossas; Em casos mais graves ocorre a morte das raízes.
A planta de morangueiro é bastante sensível à salinidade do solo, portanto o controle adequado da condutividade elétrica do solo ou do substrato onde o morangueiro será cultivado é essencial para que não ocorra danos pelo excesso de sais minerais. No sistema semi-hidropônico, a condutividade elétrica deve ser sempre monitorada. Havendo possibilidade, pode se usar água para forçar a lixiviação dos sais minerais em excesso por lixiviação, até atingir a condutividade elétrica desejada. Deve-se tomar muito cuidado nas doses de adubos que serão aplicados ao morangueiro. O parcelamento maior nas adubações também pode ajudar na diminuição da concentração de sais no local de cultivo do morangueiro. Não é recomendado retirar as folhas queimadas pelo excesso de sais, porque isso acaba concentrado ainda mais sais nas partes restantes da planta, reduzindo o seu vigor, que será necessário para que ela possa se recuperar do dano.