Bacteriose (Xanthomonas arboricola pv. pruni)

Sintomas

Os sintomas da bacteriose ocorrem em folhas, ramos e frutos. Nas folhas aparecem inicialmente manchas angulares, de aspecto encharcado, que se tornam necróticas de coloração preta, que mais tarde, desprendem-se do limbo foliar, deixando a folha perfurada. As lesões são de 1 a 3 mm de tamanho, podendo apresentar um halo amarelado. Múltiplas lesões na folha resultam em clorose e queda foliar prematura. Em ramos, a bacteriose causa dois tipos de cancros: de primavera e de verão. Nos frutos aparecem manchas aquosas, depois ficam necróticas, podendo sofrer rachaduras com o crescimento dos frutos, formando pequenas crateras.

Prevenção, controle e manejo

O controle da bacteriose do pessegueiro exige diferentes estratégias de manejo que evitem ou minimizem os danos causados pela doença que serão descritos a seguir. Nos novos plantios deve se usar mudas livres de X. arboricola pv. pruni. Evitar o plantio em locais que favoreçam a doença, tais como: solos menos férteis, arenosos, com presença de nematoides (Meloidogyne spp. e Mesocriconema xenoplax), isto é, fatores que resultam em plantas menos vigorosas; além de escolher locais que tenham menor exposição ao vento e locais menos úmidos. Evitar o desequilíbrio de nutrientes (ex.: excesso de nitrogênio), pois altas doses de nitrogênio e baixo nível de potássio aumentam a suscetibilidade para X. arboricola pv. pruni. O uso de barreiras físicas (quebra-ventos) é recomendado para reduzir a disseminação da bacteriose no pomar. A escolha de cultivares mais resistentes é recomendada, principalmente em regiões onde a doença é epidêmica.

Em relação ao controle químico da bacteriose, o sucesso dependente da época de aplicação. Portanto, é importante determinar as melhores épocas de aplicação para cada região, mas para isso é necessário conhecer melhor a epidemiologia dessa doença para as condições locais. Para o controle químico, produtos como cobre, ditianona, oxitetraciclina, dodine combinado com captana e compostos com zinco (sulfato de zinco, ziram) têm sido recomendados. Apesar de o cobre ser considerado um bactericida eficiente para o controle preventivo de doenças bacterianas, no caso de rosáceas de caroço, seu uso é limitado, pois as folhas novas e os frutos são muito sensíveis ao cobre, restringindo sua aplicação no período de dormência da planta - final e início do ciclo vegetativo das plantas. A aplicação de cúpricos pode ser feita nas seguintes épocas: após a poda de inverno até a florada e duas aplicações no período de outono (a primeira quando a planta estiver com 25% de desfolha, e a segunda com 75% de desfolha).

Informações adicionais

Imagens

Folhas de pessegueiro com manchas angulares de aspecto encharcado, causadas por bacteriose Folha com manchas necróticas e clorose foliar, causadas pela bacteriose Folhas perfuradas pelo desprendimento de lesões de bacteriose Folha com manchas angulares, encharcadas e com início de desprendimento de algumas manchas necrosadas, devido a bacteriose Folha com manchas angulares, encharcadas e com início de desprendimento de algumas manchas necrosadas, devido a bacteriose Queda de folhas devido ao ataque severo de bacteriose Fruto com manchas pontuais, causadas por bacteriose Fruto com lesões formando rachaduras profundas, causadas por bacteriose severa Fruto com lesões, algumas com início de rachaduras, provocadas por bacteriose Face inferior da folha com manchas angulares encharcadas, causadas pela bacteriose Face superior da folha com manchas angulares encharcadas, causadas pela bacteriose