As principais espécies registradas no pessegueiro no Brasil pertencem aos gêneros Scolytus e Xyleborinus, que possuem uma ampla distribuição geográfica no mundo. São insetos que possuem metamorfose completa, passando pelos estágios de ovo, larva, pupa e adulto. Todas as fases ocorrem no interior de galerias construídas pelas larvas com exceção dos adultos, que também possuem um período de vida livre, durante o qual realizam a cópula, após a qual as fêmeas retornam para as galerias para realizar a oviposição. Os adultos são besouros que podem medir até 3 mm de comprimento e 2 mm de largura, possuem um formato oval e de colocarão variável entre o preto e o avermelhado. Ao retornar para as galerias as fêmeas podem colocar até 200 ovos, que medem aproximadamente 0,52 mm de comprimento e 0,30 mm de largura e são colocados nas laterais das galerias. Ao eclodir, as larvas que são de formato cilíndrico e de coloração esbranquiçadas com tons de rosa, alimentam-se do lenho e algumas espécies do fungo Ambrosia, motivo pelo qual são chamados de besouros de Ambrosia. As larvas aumentam de tamanho com o consumo de alimento até o momento que ocorre a pupação, sendo que as pupas permanecem em galerias especiais até se transformarem em adultos que saem das galerias pelo orifício construído pelas larvas, quando ocorre o aumento da temperatura. Os danos são de difícil observação e ocorre quando a planta fica debilitada. Acredita-se que os adultos escolhem as plantas mais enfraquecidas no pomar para sua alimentação e multiplicação, fato pelo qual se deve observar atentamente plantas mais debilitadas no pomar para realizar o monitoramento. Após a infestação, as plantas podem morrer, deixando um tronco contendo orifícios de entrada e saída dos adultos.
O controle é difícil de ser realizado, pelo fato dos insetos estarem protegidos em praticamente todas as suas fases de desenvolvimento no interior das galerias. Assim, o uso de inseticidas químicos é inviável. Desta forma, deve-se adotar as boas praticas para a instalação e manutenção dos pomares. Recomenda-se escolher os locais mais apropriados para o cultivo do pessegueiro, com solo profundo e bem drenado. Evitar baixadas e locais mal drenados. As adubações devem ser equilibradas de maneira a fortalecer as plantas. Também deve-se usar mudas sadias e controlar as doenças das plantas. Como medida paliativa, deve-se remover os ramos atacados e eliminá-los para diminuir a população da praga.