O nitrogênio é um elemento crítico para a vida vegetal, uma vez que é encontrado em muitos compostos importantes, incluindo aminoácidos, proteínas, enzimas, ácidos nucleicos (componente do DNA) e clorofila. Por fazer parte da molécula de clorofila, o sintoma que melhor caracteriza a falta de N é o amarelecimento das folhas. Em razão da grande mobilidade do nitrogênio na planta, o que faz que ele se transloque das folhas mais velhas para as mais novas, os primeiros sinais de carência são notados nas folhas mais velhas, localizadas mais próximas à base dos ramos. Nesse estádio, o sintoma corresponde a um amarelecimento das folhas basais. Se as limitações no suprimento persistirem, a coloração amarela aumenta gradativamente, progredindo para as folhas da extremidade dos ramos, enquanto as nervuras e o pecíolo tingem-se de pigmentos vermelhos. Se a deficiência persistir, os ramos apresentar-se-ão curtos e rijos, com casca vermelho-parda. Finalmente, ocorre uma gradual abscisão das folhas da base para a extremidade dos ramos. Os frutos são pequenos, mais coloridos e maturam mais cedo.
Para evitar a deficiência de nitrogênio, anualmente devem ser realizadas adubações para repor ao solo as quantidades de nutrientes exportadas do solo pelo pessegueiro, acrescidas das perdas que naturalmente ocorrem, principalmente por lixiviação. As aplicações devem ser feitas preferencialmente durante o período de maior desenvolvimento e necessidade das plantas, bem como após a colheita. A dose de N deve ser parcelada em 3 vezes, sendo aplicado 50% da dose no início da floração, 25% após o raleio dos frutos e 25% após a colheita. Após a adubação da fase de raleio, devem-se adotar práticas para o arejamento interno da copa, principalmente via poda verde, permitindo o controle mais eficiente de doenças como as podridões de fruto. Em anos de baixa produção ou em plantas com vigor excessivo, não há necessidade de aplicação de N após a colheita.