Virose do nanismo (Prune Dwarf Virus - PDV)

Descrição e sintomas

A literatura internacional descreva aproximadamente 60 vírus infectando Prunus. O Prune Dwarf Virus (PDV) tem sido frequentemente diagnosticado nos pomares de pessegueiro no Brasil. O agente causal dessa enfermidade pertence ao grupo Ilarvirus, com partículas isométricas ou na forma de pequenos bacilos. Trabalhos de pesquisa desenvolvido na Embrapa Clima Temperado indicaram sua presença em amostras coletadas em diferentes cultivares de pessegueiro. Este vírus infecta um grande número de espécies de Prunus e pode ser transmitido, por inoculação, para várias espécies de plantas herbáceas. A disseminação ocorre através do pólen, da semente e, principalmente, através do uso de material vegetal contaminado, durante a produção de mudas. As medidas de controle envolvem, principalmente, os programas de certificação de mudas. Nas cultivares plantadas no Brasil, os sintomas raramente são visíveis pois podem ser confundidos com vários outros problemas. A literatura relata a ocorrência de folhas estreitas e mais grossas do que o normal, plantas de baixa estatura na maioria das cultivares de pêssego devido aos internós curtos no início do desenvolvimento dos ramos mas que podem retomar a expansão normal posteriormente.

Métodos de diagnose

Vários métodos de diagnose têm sido rotineiramente utilizados na indexagem dessa virose. O teste mais comum constitui-se no teste ELISA, pois permite diagnosticar a ocorrência dessas enfermidades com precisão e rapidez. Também é utilizado o método leaf dip, onde é utilizado o exsudado do sistema vascular da planta a testar para exame ao microscópio eletrônico de transmissão. O uso de plantas indicadoras (quinoa, Chenopodium murale e pepino) permite o diagnóstico visual de sintomas, cujos mais evidentes são os foliares, como mosaico, amarelecimento (clorose), clareamento das nervuras, manchas anulares, redução/encarquilhamento/enrolamento do limbo foliar, que podem ser detectados em aproximadamente 45 dias após a inoculação. Técnicas de biologia molecular como o PCR para diagnose de viroses têm diversas vantagens sobre outros métodos de detecção, pois utiliza uma pequena quantidade de amostras de tecido, permitindo a detecção do vírus mesmo em baixas concentrações e em amostras guardadas por longos períodos, entretanto, as principais limitações estão relacionadas aos custos e à praticidade.

Informações adicionais

Imagens

Pessegueiros em condições de campo, mostrando o menor desenvolvimento das plantas do centro da linha devido a infecção por PDV Testes de Indexação realizados em pessegueiro para detecção de PDV através do método ELISA (Enzime-Linked Immunosorbent Assay) Processo de inoculação de plantas indicadoras de <i>Chenopodium quinoa</i> para detecção da presença de PDV