O sintoma de "bagoinha" é um problema fisiológico em que os cachos de uva apresentam bagas com grande variação de tamanho e, principalmente, de maturidade. A causa mais comum é a ocorrência de quedas de temperatura (<10°C) e chuvas no período de florescimento das videiras, impactando diretamente sobre as estruturas florais e a polinização. Outros fatores também podem contribuir com esse sintoma, destacando-se a deficiência de boro. Como consequência, as bagas podem ficar sem sementes (ausência total de polinização) ou com números variados de sementes. Como as sementes são responsáveis pela produção hormonal que estimula a expansão e o acúmulo de açúcares (dreno) nas bagas, os tamanhos e estágios de maturação destes tecidos são diretamente impactados. Em função disso, a produtividade e a qualidade (maturação média) são diretamente afetadas por esse distúrbio fisiológico.
Uma das medidas de controle da "bagoinha" é a seleção de cultivares que apresentam o período de florescimento que não tenha coincidência com as épocas de maior probabilidade de ocorrência de quedas bruscas de temperatura. Além disso, recomenda-se o controle nutricional do vinhedo, com análises de micronutrientes em amostras de solo e de folhas, visando o ajuste da disponibilidade adequada de boro.