Esca é uma doença complexa, que provoca alterações estruturais e fisiológicas em plantas maduras, com mais de oito anos. Uma sucessão de fungos parece estar envolvida no processo da doença. Essa doença deve ser compreendida como o resultado final do ataque de um complexo de fungos que atuam em associação e complementaridade.
Os sintomas da doença podem ser verificados no tronco, nos ramos, nas folhas e bagas. Em plantas adultas, com 8 a 10 anos ou mais, o sintoma interno mais comum é uma podridão branca ou amarelada, que gradualmente altera a firmeza da madeira, que se decompõe e adquire um aspecto esponjoso, normalmente rodeada por uma linha grossa de cor escura, que separa a parte afetada da sadia. Antes do aparecimento da podridão branca, sintomas prévios podem ser observados no lenho, como necroses, pontos necróticos distribuídos aleatoriamente e áreas de cor rosada ou avermelhada. A doença normalmente inicia no tronco, a partir de ferimentos de poda, e estende-se no tecido lenhoso, ficando restrita às partes mais velhas da planta. Quando atinge a superfície, causa rachaduras no tronco. Os sintomas avançam para cima e para baixo ao longo do tronco, diminuindo em tamanho ao se afastar do ponto de origem. A doença raramente desenvolve-se na região de enxertia e nunca afeta o sistema radicular. Os sintomas na parte aérea são, tipicamente, clorose e necrose entre as nervuras das folhas, que progressivamente adquirem uma coloração arroxeada, assumindo um padrão de 'listras de tigre'. As bagas apresentam manchas escuras, não se desenvolvem e secam. As videiras afetadas vão perdendo o vigor e progressivamente murcham e morrem. Podem ser vistos o sintomas de rápido declínio e morte, conhecidos por apoplexia.
O monitoramento deve ser realizado durante toda a fase vegetativa da planta, identificando-se plantas e mudas com os sintomas descritos acima.
Localizar os focos de infecção e eliminar as plantas com sintomas.
Utilizar material sadio e livres dos fungos causadores desta doença; eliminar o material podado do vinhedo; evitar podas durante períodos chuvosos; desinfetar as ferramentas com água sanitária durante a poda; proteger os ferimentos da poda com fungicidas, pasta bordalesa ou produtos biológicos à base de Trichoderma spp.; eliminar as partes atacadas até encontrar tecido sadio (sem apodrecimentos); eliminar os esporões que não brotaram e pulverizar as plantas durante o repouso com calda sulfocálcica (4° Bé). Plantas infectadas por estes patógenos devem ser podadas bem abaixo dos cancros ou da área necrosada, ou seja onde for observado o tecido interno sadio. Podar as plantas com sintomas (marcadas) após a poda das demais plantas.