O ninho das quenquéns é menor e possui menor número de panelas do que as saúvas. Além disso, são morfologicamente menores e diferenciam-se das saúvas por possuírem 4 pares de espinhos no tórax, enquanto as saúvas possuem 3 pares. O tamanho da saúva pode variar de 12 a 15 mm, enquanto o tamanho de uma quenquén fica entre 8 e 10 mm de comprimento.
As formigas cortadeiras possuem o hábito de cortar e transportar vegetais para dentro dos ninhos, causando sérios danos à videira devido ao corte de ramos tenros, folhas, brotos e cachos. O ataque de formigas é prejudicial em qualquer fase do ciclo, porém o dano é maior na fase de formação da planta, quando paralisa o crescimento. Os maiores ataques ocorrem nos primeiros meses após a brotação e podem resultar na desfolha total da planta.
O monitoramento deve ser realizado por alguém experiente que saiba identificar as formigas, horário e hábitos de forrageamento, dano causado, além de reconhecer e localizar o ninho de cada espécie. O ideal é que o monitoramento inicie no período de emissão das brotações da videira e seja periodicamente repetido, principalmente em vinhedos novos. As espécies de quenquéns tem o hábito de forragear à noite, ou nas horas mais frescas, não deixando trilha que leva até os ninhos, como fazem as saúvas.
O controle destas formigas é feito visando a destruição da rainha, o que é facilitado quando se encontra o ninho. Dentre os principais métodos de controle de formigas, destacam-se as iscas formicidas e o emprego de inseticidas em pó. Os grânulos das iscas formicidas devem ser distribuídos ao lado dos carreiros próximo aos olheiros. A aplicação da isca deve ser realizada com tempo seco e ela não deve ser tocada diretamente com as mãos, o que faria com que a formiga não a carregasse. Os inseticidas em pó devem ser aplicados diretamente nos ninhos através de insufladores. Quando o ninho não é localizado, pode-se usar gel repelente, que deve ser aplicado no tronco, em faixas, impedindo que as formigas subam para cortar as folhas.