Pérola-da-terra (Eurhizococcus brasiliensis)

Descrição

É uma cochonilha subterrânea que ataca as raízes de plantas cultivadas e silvestres, apresenta forma oval-arredondada e coloração amarelada, e desenvolve-se fixada à raiz. Possui ciclo anual, reproduzindo-se no período de novembro a março.

Sintomas

A sucção da seiva efetuada pelo inseto nas raízes provoca um definhamento progressivo da videira, com redução da produção e morte da planta. As folhas das plantas infestadas ficam com as bordas amareladas e necrosadas. A cochonilha encontra-se geralmente associada a formigas doceiras que atuam na dispersão. Plantas adultas resistem mais à infestação da cochonilha, por possuírem sistema radicular mais desenvolvido.

Monitoramento

Arrancar as plantas de videira no inicio da brotação e observar a presença da cochonilha nas raízes. Direcionar a amostragem para as que se encontram com vigor reduzido e com sintoma nas folhas nos focos de infestação.

Controle

Evitar implantar vinhedos em áreas com histórico de ocorrência da praga. Antes de selecionar a área para implantar o novo vinhedo, observar nas raízes de plantas hospedeiras (Ex: língua de vaca, mata campo, mandioca, batata doce, etc) a presença da praga. Utilizar material propagativo sem a presença da cochonilha. Caso seja identificada a praga no viveiro, tratar as raízes com inseticida previamente ao plantio. Dar preferência à mudas de raiz nua. Utilizar mudas de qualidade e livres de vírus e de doenças. Utilizar cultivares de porta-enxertos mais resistentes à pérola-da-terra. Nas áreas infestadas, manter a cobertura vegetal no interior do vinhedo com plantas não hospedeiras do inseto. Empregar adubação orgânica nos vinhedos infestados visando manter o vigor das plantas. Controlar as formigas dispersoras da cochonilha. Aplicar inseticidas em novembro e janeiro ou após a colheita, respeitando o período de carência.

Informações adicionais

Imagens

Cistos brancos ou amarelos junto às raízes Cistos brancos ou amarelos junto às raízes Cistos brancos ou amarelos junto às raízes Folha sadia (esquerda) e folhas com clorose e necrose entre as nervuras (direita), em cv. Isabel Plantas do parreiral definhando e morrendo